segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Relato de viagem - Tiradentes - MG

Iniciamos nossa viagem para Tiradentes na manhã do domingo, 19 de dezembro, pela BR 040.


Resolvemos viajar com 6 pessoas e 1 criança em uma zafira. Pensem no caos. Para resolver o problema, resolvemos comprar um bagageiro. Mas valeria a pena comprar algo tão caro pra usar pouco?


Compramos então um de pano pelo mercado livre.


Alguns quilômetros após Cristalina-GO, acontece o primeiro fato memorável da viagem! O zíper do bagageiro abriu e quando olhamos no retrovisor uma parte da bagagem tinha voado. Ainda bem que foi só a caixa de ferramentas.





A 460 km de Brasília, chegamos em Três Marias. Antes da ponte que atravessa o Rio São Francisco, à direita, existe uma estradinha de terra que leva a um dos restaurantes mais famosos da região, Rei do Peixe, com mais de 30 anos na cidade e com uma vista linda do rio. Experimentem o surubim, é muito bom!!





















Segunda-feira:
Pela manhã, fomos fazer um passeio de reconhecimento pela cidade. Percebi o quanto Tiradentes é encantadora. A cidade é um dos centros históricos da arte barroca mais bem preservados do país, proclamada patrimônio histórico nacional por suas casas antigas, lampiões, ruas de pedras, igrejas e monumentos. É uma cidade muito gostosa, com lojas de artesanatos por todos os lados, restaurantes de alta gastronomia e natureza exuberante!






Charretes por toda a cidade:





Máquina de confecção de ladrilhos hidráulicos em um antiquário:




Antiquário Beta-prata, o maior acervo da cidade (parece um museu!):
























Na parte da tarde, fomos ao vilarejo de Vitoriano Veloso, mais conhecido como Bichinho, a 8 Km de Tiradentes. Logo na entrada do vilarejo, uma parede de uma casa estampava:
"Bem vindo! Você chegou a Vitoriano Veloso, este pequeno povoado mais conhecido como Bichinho, pois era desta maneira que Vitoriano, referia-se aos seus funcionários, àquela altura, escravos: - meus bichinhos. Sabe-se que a cidadezinha se formou com as descobertas de ricas lavras de ouro, nos princípios do séc. XVIII. Singela, o Bichinho te acolhe! O artesanato, boa comida, os personagens desta cidade, o tempo das coisas (aqui distinto do tempo do relógio), tudo convida à sua visita! Importante: a igreja da cidade, Nossa Senhora da Penha de França, iniciada em em 1732, finalizada em 1771, com acréscimo das 2 torres no início do século XX, merece visita."






Almoço - Tempêro da Angela








Após o almoço, fomos conheçer um pouco de Bichinho. Encontramos no mapa uma sugestão para conhecer o alambique em que é produzida a cachaça do Velho Ferreira (talvez aí esteja a origem do gosto por cachaça de minha família, hehe) . O processo é bem caseiro e simples, mas é super interessante e fomos muito bem recebidos. Por fim, pode-se ver o processo final de produção- o engarrafamento- (inclusive o momento em que a bebida é lacrada com um secador de cabelos) e comprar cachaça por menos da metade do preço das lojas da região. Vale a visita!














O vilarejo de Bichinho é muito agradável, uma verdadeira viagem no tempo:













Em Bichinho tem muitos lugares que infelizmente não pudemos conhecer por causa da época em que fomos (por ser na semana antes do Natal, muita coisa estava fechada), como o museu de carros antigos e o restaurante Pau-de-Angú (indicado pelo Guia Quatro-Rodas).


Para encerrar o dia, jantamos no restaurante Taberna Padre Toledo, já em Tiradentes. Apesar do ambiente ser antigo e com clima de casa velha, a comida é simples e muito gostosa. Experimentem o filé a parmegiana (feito com vinho tinto, muito bom!). Não aceita cartão.


Terça-feira:


Pela manhã, fizemos o cicloturismo com a Uai Trip. Vejam o relato aqui.


Após o pedal fomos almoçar no excelente restaurante da Dona Mercês, o melhor da cozinha mineira em um ótimo ambiente. Os pratos são muito bons (experimentem o feijão tropeiro, o lombo mineiro e o famoso ora-pro-nóbis, perfeitos!) e apesar de indicarem que são pra duas pessoas, servem 4 com facilidade. Recomendadíssimo!







Depois descansamos para no final da tarde fazer o trekking noturno. Leiam o relato aqui.


Quarta-feira


No último dia em Tiradentes, resolvemos explorar melhor a cidade, conhecendo os pontos Turísticos como a Igreja Matriz (a segunda com a maior quantidade de ouro do país), a fonte e as ótimas lojas de artesanato. Além disso, voltamos ao restaurante da Dona Mercês, de tanto que gostamos!











Igreja Matriz:




Vista da cidade pela igreja:






















Igreja Matriz:




Eu e meu amor:




Câmara Municipal de Tiradentes:
















Antiquário Nobre Decadência (maravilhoso!)





































Chafariz:





Bom, Tiradentes é um lugar fantástico e charmoso que com certeza vale a visita! Mesmo a grande distância de Brasília não apaga as grandes vantagens de visitar esse grande destino turistico do nosso país!



Informações:

Hotel: quando pesquisei sobre Tiradentes tive muita dificuldade de obter informações sobre hotéis. Acabei dando um tiro no escuro e escolhendo um filiado à Bancorbras (com a qual, aliás, a cada dia fico mais insatisfeito) chamado de Villa Alferes. Apesar da fachada simples, o hotel foi uma grande surpresa! Com funcionários gentis, ambiente acolhedor e uma linda vista, o Villa Alferes é uma boa opção de hospedagem em Tiradentes.













Dicas:
Por incrível que pareça, Tiradentes não tem Banco do Brasil e nem Caixa Econômica! As únicas formas de sacar dinheiro desses bancos é enfrentando a única lotérica da cidade, que vive cheia e que quando eu fui, não tinha mais do que 100 reais no caixa! Ou seja, viaje com muito dinheiro!


Pontos Negativos:
Para piorar ainda mais o comentário anterior, a grande maioria dos restaurantes NÃO ACEITAM CARTÃO! A comida, de modo geral, não é barata e ninguém anda com tanto dinheiro! Tá na hora de Tirandentes acordar pro fato que ninguém mais usa cheque!
Além disso, apesar das tradições mineiras, o número de vezes em que não fomos bem tratados em um estabelecimento foi relevante. Em um restaurante que estava vazio, o garçom nos levou para uma mesa gigante em que ficávamos todos afastados e teve a coragem de dizer que não juntava mesas pequenas porque duas deixavam de estar disponíveis para outros consumidores, ao invés de uma só.
Outro ponto negativo é que a maioria dos atrativos e restaurantes só funcionam de quarta a domingo. Nós que fomos no início da semana, não pudemos aproveitar tudo que a cidade tinha a oferecer.


Imperdível:
Não deixem de conhecer o doce do Bolota. Foi um doceiro da região que por ser diabético desenvolveu um doce de leite com 200g de açúcar light para 15 litros de leite. Hoje é conhecido como o autêntico doce light da região.





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5 comentários:

  1. Que história é essa que nossa família tem gosto pra cachaça? Calúnia rsrsrs

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  2. Como você quer modernidade e tecnologia no interior de Minas menino? :P Isso é o interior do Brasil...heheheh
    Su

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  3. êhhhh saudade da minha terra!
    Acho muito legal fotos de cidades históricas. Sua mãe poderia pintar uma casa dessas aí, né Henrique?
    Parabéns!

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  4. Essa cachaça merecia mais destaque. Show de bola !!!! Simplesmente a melhor de MG... Muito boa a sua matéria/viagem. rsrs

    abraços

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